Em entrevista coletiva, a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, disse que o principal objetivo do projeto é reduzir as importações de outras nações, especialmente da Ásia e da China, e aumentar a produção em solo nacional.
"[Queremos] ter mais produção no México, não só para o nosso mercado, mas também para o mercado regional", esclareceu.
A chefe de Estado acrescentou que isso ajudará a atingir mais de uma dúzia de objetivos, como colocar a nação latino-americana entre as dez maiores economias do mundo; atingir a produção de 50% do abastecimento e consumo nacional de maneira doméstica; produzir vacinas nacionalmente; reduzir a pobreza e a desigualdade; e garantir que 30% das pequenas e médias empresas tenham financiamento suficiente para crescer.
Embora as negociações e as mesas de trabalho continuem, o Plano México será lançado este ano, disse Sheinbaum.
Segundo o secretário de Economia do México, Marcel Ebrard, a estratégia é resultado de meses de trabalho entre membros do governo federal, secretários de desenvolvimento econômico dos 32 estados do país, além do setor empresarial mexicano.
"É a carta de navegação do México para a nova era que vamos enfrentar […]. Há incertezas no futuro imediato, mas se formos coesos e tivermos uma liderança nacional como [a que temos], seguiremos em frente."
No mesmo evento, realizado no Museu Nacional de Antropologia, na Cidade do México, a coordenadora do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento Econômico Regional e Relocalização (CADERR, na sigla em espanhol), Altagracia Gómez, anunciou algumas das atividades que se pretende promover com o plano.
O Plano México se concentra em cinco setores, em particular: bens de consumo, turismo, energia, indústria automobilística e tecnologias da informação.
Claudia Sheinbaum definiu as missões de estratégia do seu governo, com o intuito de:
desenvolver regionalmente o país a longo prazo;
promover a realocação;
aumentar o conteúdo nacional e regional, com foco na substituição de importações;
relançar o programa Feito no México;
criar empregos bem remunerados nos setores de manufatura e serviços;
aumentar a oferta local de valor agregado;
promover centros de desenvolvimento e bem-estar baseados nas características regionais;
ampliar o acesso ao ensino superior e secundário, bem como sua vinculação ao plano de desenvolvimento;
fortalecer o avanço científico, tecnológico e a inovação;