Panorama internacional

Ex-analista da CIA adverte sobre possível expulsão de tropas norte-americanas da Alemanha

As autoridades alemãs podem pedir aos militares dos EUA que saiam da Alemanha, disse Larry Johnson, funcionário aposentado da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) e do Departamento de Estado dos EUA, no canal Dialogue Works do YouTube.
Sputnik
Discutindo as consequências da possível chegada ao poder do partido de direita Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão), que em particular quer recuperar o gasoduto Nord Stream que fornece gás russo à Alemanha, Johnson afirmou que, nesse caso, as relações entre Berlim e Washington poderão ser revisadas de modo significativo.

"Já se passaram 80 anos desde o fim da Segunda Guerra Mundial e os EUA ainda mantêm uma presença militar na Alemanha. [...] Em algum momento, a Alemanha dirá: "Ei, obrigado por sua ajuda, Estados Unidos, mas agora saiam. Este país é nosso, não seu. Vocês estão aqui como convidados", disse.

Na opinião de Johnson, a economia alemã é capaz de suportar uma ruptura inesperada com os EUA, mesmo nas atuais condições difíceis para ela.
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A relutância de Berlim em entrar em conflito com Washington não se deve à dependência econômica da Alemanha em relação aos Estados Unidos, mas ao simples medo, enfatizou o analista.

"Acredito que, em algum momento, veremos uma onda nacionalista crescente em toda a Europa para dizer aos Estados Unidos que se retirem e isso será mais um sinal da mudança na ordem mundial."

Anteriormente, uma deputada do parlamento alemão, Sevim Dagdelen, do partido Aliança Sahra Wagenknecht – Razão e Justiça, disse que a Alemanha não poderá se dar ao luxo de manter 37.000 soldados estadunidenses em seu território.
Ela também pediu a retirada das armas nucleares dos EUA e criticou os planos de Washington de instalar armas ofensivas na Alemanha.
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