Panorama internacional

Oficial dos EUA diz ser muito difícil acabar com dependência energética da Rússia e da China

Cerca de um quinto do combustível nuclear dos EUA é comprado da Rússia, e a transição para fontes não russas levará bastante tempo, afirmou o secretário de Estado adjunto para recursos energéticos, Geoffrey Pyatt, nesta quarta-feira (15).
Sputnik
"Os EUA ainda recebem cerca de 20% de seu combustível nuclear da Rússia, então levará tempo para criar uma cadeia de suprimentos não russa", disse Pyatt durante um debate no think tank Atlantic Council (considerado uma organização estrangeira indesejável na Rússia).
Nos Estados Unidos, uma lei sobre uma proibição temporária de importações de urânio da Rússia entrou em vigor em agosto de 2024. Ela havia sido aprovada anteriormente pelo Congresso dos EUA e assinada pelo presidente Joe Biden em 13 de maio, mas há brechas para compradores norte-americanos na esperança de suprimentos contínuos.
A norma legislativa é válida até 31 de dezembro de 2040, data após a qual a proibição de importação de urânio, de acordo com a lei, será suspensa.
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Ao mesmo tempo, até 1º de janeiro de 2028, o Departamento de Energia dos EUA, em consulta com o Departamento de Estado e o Departamento de Comércio, tem o direito de abrir exceções para continuar as entregas nos casos em que isso atenda aos interesses de Washington.

O que diz a Rosatom

Em um comentário para a Sputnik, a Rosatom, estatal de atividades nucleares russa, classificou essa lei de discriminatória e não mercadológica. Tais decisões, que têm um subtexto político, são destrutivas para o funcionamento sustentável do mercado global de bens e serviços do ciclo do combustível nuclear, observou a corporação estatal.
Foi enfatizado que a Rosatom mantém firmemente a posição de líder mundial em tecnologias nucleares e continuará a desenvolver relações com parceiros estrangeiros interessados ​​em cooperação de longo prazo.
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EUA dependem 'insustentavelmente' da China

Durante o painel, Geoffrey Pyatt reconheceu também que os Estados Unidos não conseguirão se abastecer totalmente com seus próprios minerais críticos e metais de terras raras se continuarem dependentes da China.
"Precisamos de um aumento significativo nesses minerais para dar suporte ao crescimento energético e à descarbonização: cobalto, lítio, níquel, zinco, cobre, terras raras. Precisamos de crescimento e volumes extraordinários desses minerais, e nem todos eles virão dos Estados Unidos."
Pyatt acrescentou que os EUA continuam "insustentavelmente dependentes" da China, particularmente para processamento e mineração de minerais, e que Washington continuará a procurar fornecedores "da Sérvia à Argentina" para ajudar a atender à demanda dos EUA por minerais e metais essenciais.
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