A imprensa esclarece que os EUA enviaram anteriormente instrutores e equipes de operações especiais para ajudar no treinamento em Taiwan, porém, isso não foi divulgado e os detalhes foram mantidos em segredo.
"O programa é provavelmente relacionado ao treinamento de combate anfíbio com a frota naval anfíbia e o corpo de fuzileiros", ressalta o jornal.
Nota-se que o acordo atual pressupõe que o governo dos EUA enviará pessoal para Taiwan para realizar um programa de treinamento especializado de dois anos para a Marinha, que será orçado em US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 9 milhões).
Como disse um especialista militar anônimo ao Taipei Times, esta é a primeira vez que um "programa de treinamento especializado" com os EUA foi anunciado oficialmente.
No final de dezembro, a China criticou os EUA pelo envio de assistência militar a Taiwan, no valor de US$ 571,3 milhões (cerca de R$ 3,4 bilhões), e pela aprovação de US$ 295 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão) em vendas de armas para a ilha.
A situação em torno de Taiwan piorou após a visita da então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, à ilha em 3 de agosto de 2022, apesar dos protestos da China, que viu naquela viagem o apoio de Washington aos independentistas de Taiwan e acabou realizando exercícios militares em grande escala ao redor da ilha.
Os laços entre a China e a ilha de Taiwan foram rompidos em 1949, depois que as forças do partido nacionalista Kuomintang sofreram uma derrota na guerra civil contra o Partido Comunista e se mudaram para aquele arquipélago. As relações foram restauradas apenas no nível comercial e informal no final dos anos 1980. Desde o início da década de 1990, os partidos têm estado em contato através de organizações não governamentais.