Ciência e sociedade

Oxigênio de metais do fundo do mar abre caminho para outros planetas, diz mídia

Cientistas planejam estudar os mais profundos lugares do oceano, a mais de dez quilômetros de profundidade, para encontrar o recém-descoberto oxigênio escuro, acreditando que ele pode contribuir no estudo da possibilidade de vida em outros planetas, segundo um artigo da BBC britânica.
Sputnik
Em julho de 2024, uma equipe de cientistas que estudou as profundezas marítimas entre o Havaí e o México encontrou uma anomalia: os sensores mostraram um aumento de oxigênio em seu redor, enquanto estavam em uma profundeza de cerca de 5 km.
Levando em conta que a luz do Sol não pode atingir tais profundezas, os cientistas descobriram que são nódulos polimetálicos que produzem o oxigênio, sem a fotossíntese.
Essa pesquisa faz rever a história do desenvolvimento da vida na Terra, pois a fotossíntese era considerada a única maneira como o oxigênio se espalhou pelo nosso planeta.
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Agora, os cientistas que encontraram esse fenômeno, nomeado de oxigênio escuro, querem estudar as maiores profundezas do mundo, de mais de 10 km de profundidade, usando equipamentos submersíveis operados remotamente.

"Temos instrumentos que podem ir até as partes mais profundas do oceano. Estamos bastante confiantes de que encontraremos isso acontecendo em outros lugares, então começaremos a pequisar o que está causando isso", explicou o professor Andrew Sweetman, líder da equipe científica.

Os pesquisadores admitem que esse estudo deverá atrair a atenção de empresas de mineração.
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"Várias empresas de mineração multibilionárias já estão explorando a possibilidade de extrair toneladas desses metais do fundo do mar", diz o artigo.

A razão é que esses nódulos do fundo do mar contêm metais essenciais para a fabricação de baterias, enquanto a demanda por esses metais está aumentando à medida que se desenvolvem indústrias de ponta como a de veículos elétricos.
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Ao mesmo tempo, os exploradores querem juntar à sua pesquisa os cientistas da agência espacial norte-americana NASA para estudar se processos semelhantes são possíveis em outros planetas.

"Já estamos conversando com especialistas da NASA que acreditam que o oxigênio escuro poderia reformular nossa compreensão de como a vida pode ser sustentada em outros planetas sem luz solar direta. [...] Se houver oxigênio, pode haver vida microbiana tirando proveito disso", afirma Sweetman.

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