Panorama internacional

EUA cederam sua posição no Sudeste Asiático à China, diz premiê malásio

As tarifas prometidas pelo presidente eleito dos EUA Donald Trump no final serão inúteis, pois há uma grande interdependência no comércio global, disse o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, em uma entrevista para o jornal Financial Times.
Sputnik
Hoje, 20 de janeiro, em Washington ocorrerá a posse de Trump, que se tornará o 47º presidente dos Estados Unidos. A cerimônia terá início às 12h00 (14h00, horário de Brasília) na Rotunda do Capitólio.
Segundo o premiê malásio, para muitos no mundo não ocidental Trump parece ser "mais determinado, mais claro" do que o presidente cessante, Joe Biden, que se destacou por uma "posição incerta".
Ele observou que não compartilha dos temores de que o retorno de Trump à Casa Branca e suas políticas tarifárias levem a um período prolongado de turbulência econômica na Ásia.
Depois de se recuperar do choque inicial, o sistema de comércio global continuará funcionando normalmente, disse o primeiro-ministro.

"Os EUA querem proteger seus próprios interesses, mas, a longo prazo, as barreiras comerciais não ajudariam, pois a interdependência é alta."

Panorama internacional
Adesão das Filipinas ao BRICS privará EUA de sua posição na Ásia-Pacífico, diz especialista
No entanto, ele advertiu que ainda é muito cedo para afirmar se trabalhar com Trump vai ser mais fácil do que com Biden.
Além disso, Anwar disse ao jornal que os Estados Unidos já perderam algumas posições em sua região, o Sudeste Asiático, uma vez que não estão cooperando intensivamente.

"Nesse sentido, a China tem uma atitude mais positiva. Eles oferecem melhor acesso, você pode se encontrar com eles facilmente. Nós enviamos ministros para lá, eles enviam ministros", explicou.

Panorama internacional
Participação do BRICS é 'hedge estratégico', diz jornal sobre adesão recente da Indonésia
Ele supõe que Washington tenha derivado sua atenção para a Europa e o conflito ucraniano.
Quando perguntado se os países da região, em particular no quadro da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês), vão tomar uma postura dura em relação à China, o premiê respondeu que não precisam ser duros tanto com a China quanto com os EUA, mesmo que discordem em muitas questões de política externa.
"É melhor para economias menores, como a Malásia, estender seus [laços] com a China", afirmou.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Comentar