"A proposta de recuperação do canal do Panamá, assim como seus comentários sobre a Groenlândia ou a possibilidade do Canadá se tornar o 51º estado, faz parte de uma estratégia discursiva que busca projetar uma ascensão dos Estados Unidos. É uma narrativa geopolítica", explicou.
Confronto e pragmatismo
"Isso indica que Trump pode optar por uma postura menos escandalosa e mais focada em negociação. Não veremos discursos sobre invasões ou ameaças diretas, mas sim tentativas de usar alavancas para torcer o braço do governo venezuelano e seus aliados", afirmou o analista, ressaltando que "os republicanos ainda não entendem a configuração do poder político e social na Venezuela".
"Trump vai criar um espetáculo midiático com essa emergência, mas, na prática, ele terá que negociar com o México para implementar soluções sustentáveis. O que pode acontecer é a assinatura de ordens executivas que aumentem a perseguição de imigrantes dentro dos Estados Unidos, criando um clima de terror e possível convulsão social", alertou.