Para atingir o povoado, os combatentes russos precisaram percorrer uma distância de quatro quilômetros com toda a munição, sendo atacados constantemente por drones ucranianos, disse um vice-comandante do batalhão que havia tomado o povoado.
"O tempo ajudou por causa da neblina, expulsamos o inimigo das primeiras casas e, depois, trabalhamos lentamente casa por casa. Estávamos acostumados a que eles escavassem dentro das casas e atirassem por baixo das fundações, pelas brechas", relatou.
De acordo com ele, as posições ucranianas também foram atingidas por drones e lança-granadas tipo RPG. Como "suas fortificações são boas, tivemos que nos esforçar por mais tempo até que eles simplesmente ficassem em casa e atirassem das janelas".
Atiradores de morteiro do corpo de voluntários do batalhão de forças especiais ArBat na região de Kursk.
© Sputnik / Sergei Bobylev
Segundo o militar, a tática para tomar Kruglenkoe consistiu em interromper a logística e assumir o controle das estradas para impedir o fornecimento de provisões, munições e efetivos.
Todo o assalto foi acompanhado com medidas de guerra eletrônica.
"O mais difícil foi chegar ao ponto, porque o inimigo opera com projéteis de fragmentação e conhece bem todos os caminhos, que bombardeia regularmente. Quando o enfrentamos 'cara a cara', o inimigo já havia começado a se retirar", contou.
Operador de drone da unidade Akhmat das forças especiais russas na região de Kursk.
© Sputnik / Sergei Bobylev
O comandante de pelotão com o codinome Veter (Vento) explicou que, durante a operação de libertação do povoado, os soldados russos foram mais fortes do que o inimigo em espírito e caráter.
Quando os combatentes de seu pelotão se fixaram nos arredores de Kruglenkoe, as tropas ucranianas tentaram expulsá-los dali, mas os militares russos repeliram essa tentativa.
Aviões de assalto Su-25 russos na região de Kursk.
© Sputnik / Sergei Bobylev
"Houve intensos combates com tiroteios, com apoio de artilharia e drones de ambos os lados. Nós os enfrentamos com espírito e caráter, 'entramos' e Kruglenkoe agora é nosso."
Veter acrescentou que as forças ucranianas tinham instalações para equipamentos, trincheiras e passagens de comunicação pelas quais os soldados se moviam no assentamento.