"A interrupção a longo prazo dos fluxos financeiros dos EUA, se isso é para onde estamos indo, será um problema muito grave para a Ucrânia. […] Há um risco de que, se a assistência financeira acabar completamente, o país possa cair na hiperinflação, o que teria acontecido há muito tempo se não fosse pela assistência financeira nos momentos críticos", acredita Mercouris.
De acordo com o especialista, ele não vê a situação atual como "um problema incurável". Na sua opinião, é provável que a União Europeia continue a ajudar a Ucrânia com dinheiro e suprimentos militares, mas isso não vai salvá-la.
"Neste momento, vemos que, seja qual for a resiliência dos ucranianos, quaisquer recursos que a União Europeia esteja disposta a lançar, parece que este é um problema para a Ucrânia, e claro se isso continuar mais de 90 dias indicados, então, dada a dependência da Ucrânia, isso pode ser um problema muito sério que terá um impacto crítico na capacidade da Ucrânia de continuar a funcionar e trabalhar como um Estado", resumiu o analista.
Na terça-feira passada (21), a Casa Branca informou que o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem de suspensão por 90 dias do fornecimento de assistência ao desenvolvimento de outros países para avaliar a conformidade dos programas com a política externa dos EUA.