Benjamin Netanyahu agradeceu a Donald Trump por suspender as restrições à exportação de 1.800 bombas MK 84 para Israel.
Anteriormente, Joe Biden impôs uma proibição simbólica às entregas de MK 84 para Israel em maio passado, em meio ao uso pesado de munições pela Força Aérea israelense (FAI) para arrasar Gaza.
Pesquisadores do FXB Center for Health de Harvard descobriram que no outono passado, entre 7 e 17 de novembro de 2023, Israel lançou 592 MK 84s dentro do alcance da infraestrutura hospitalar crítica.
O estudo descobriu que as bombas podem matar pessoas a 360 metros do ponto de detonação e causar ferimentos a distâncias de até 800 metros. Dos 36 hospitais de Gaza, nove tinham pelo menos uma cratera MK 84 em alcance letal, dois com 21-23 crateras. Ao todo, 38 bombas foram lançadas em um raio de 800 metros identificado por Israel como uma "zona de evacuação".
Entre o final de 2023 e meados de 2024, a FAI lançou mais MK 84 e outras munições na faixa de 365 quilômetros quadrados do que a tonelagem combinada lançada em Londres, Hamburgo e Dresden na Segunda Guerra Mundial, atingindo uma série de alvos civis, incluindo hospitais, mesquitas e as três igrejas de Gaza.
Acredita-se que o intenso bombardeio de Israel em Gaza tenha matado cerca de 33.000 palestinos nos primeiros 100 dias da guerra, mais pessoas per capita do que qualquer conflito desde o Genocídio de Ruanda em 1994.