São mais de mil participantes em um evento que trata sobre as práticas relacionadas à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e é voltado para empresas, órgãos públicos, profissionais autônomos e funcionários que atuam no ecossistema de proteção de dados.
A especialista em proteção de dados Manuela Cotulio, que participou pela terceira vez, ressaltou a importância do evento para o setor, por "trazer à tona assuntos que normalmente não estão na mesa de discussão das empresas".
Para ela, o Brasil está bem posicionado em relação à regulamentação e à cultura de proteção de dados, ainda que careça de mais ação. "Nós temos aqui a LGPD, que é baseada na GDPR [sigla em inglês para Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados], da União Europeia. Como a lei é de 2018, ainda é uma legislação nova, e temos um caminho longo a percorrer. A ANPD [Autoridade Nacional de Proteção de Dados] vem soltando regulamentações, então estamos em constante desenvolvimento e aprendizado."
"O Brasil, culturalmente falando, é um país muito reativo, não proativo. A proteção de dados vem para trazer esse alerta: vamos esperar um incidente acontecer para nos adequar e proteger nossos dados? Não. Seria realmente uma mudança de cultura."
Em sua edição de 2025, o evento abordou temas como a adequação à LGPD, a importância da reputação corporativa, os desafios regulatórios e o posicionamento do Brasil no cenário global de proteção de dados.
"Apesar de ser um assunto que vem crescendo ao longo dos anos, ainda é necessário que a gente divulgue mais e converse mais sobre isso."
Um dos principais temas discutidos foi a necessidade de as empresas enxergarem a proteção de dados não apenas como uma obrigação legal, mas como um fator crítico para a reputação e a sustentabilidade dos negócios. "O pessoal normalmente foca muito a questão de multa, mas a proteção de dados tem como aspecto mais importante o fator da reputação da empresa. Entender que estar adequado à LGPD ajuda a fechar negócios é muito importante."
Em meio a ciberataques e vazamentos de informações, a LGPD, sancionada em 2018 no Brasil, estabelece regras sobre como empresas e organizações devem coletar, armazenar, processar e compartilhar dados pessoais.