"Em um ato de brutalidade, o novo governo dos EUA anuncia o encarceramento na base naval de Guantánamo, localizada em território cubano ilegalmente ocupado, de milhares de migrantes que expulsa à força, colocando-os junto às conhecidas prisões de tortura e detenção ilegal", declarou o presidente cubano na rede social X (antigo Twitter) nesta quarta-feira (29).
Mais cedo, a secretária de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Kristi Noem, informou sobre os planos do governo Trump de enviar para Guantánamo os migrantes deportados que forem rejeitados por seus países de origem.
A funcionária disse ainda que a Casa Branca está "avaliando e debatendo" o tema para determinar como usar os recursos federais neste momento antes de decidir como "manter os Estados Unidos seguros".
Entre as primeiras ordens executivas assinadas por Trump, estão ações para deportações em massa de migrantes em situação irregular nos EUA. Durante a campanha, o republicano prometeu fazer a maior operação da história.
Guantánamo já foi usada para deter 'terroristas'
A base naval de Guantánamo já foi usada como centro de detenção para pessoas que Washington classificou como terroristas, e os maus-tratos sofridos foram denunciados por diferentes organismos internacionais.
Além disso, Cuba já solicitou a devolução do território por considerar que os EUA ocupam a área ilegalmente desde o início do século XX.