Notícias do Brasil

TRE de SP cassa mandato da deputada Carla Zambelli, que pode ficar inelegível por 8 anos

Nesta quinta-feira (30), o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) cassou, por 5 votos a 2, o mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
Sputnik
A decisão faz parte do julgamento de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pela deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) contra Zambelli, por abuso de poder político ao disseminar fake news sobre o sistema eleitoral. Na época das eleições de 2022, a direitista divulgou vídeos questionando a lisura das eleições.
O julgamento foi suspenso em dezembro passado, depois que a juíza Maria Cláudia Bedotti solicitou maior tempo para análise do caso. Na decisão, a corte entendeu que Zambelli havia cometido abuso de poder político e comprometido a lisura do pleito ao espalhar postagens com ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao sistema eleitoral, incluindo a falsa alegação de que urnas teriam sido manipuladas em Itapeva (SP).
Como ainda é possível recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a cassação não tem efeito imediato. Com a decisão do TRE-SP, Zambelli fica inelegível por oito anos, contados a partir das eleições de 2022, por uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder político.

A assessoria de Carla Zambelli enviou à Sputnik Brasil um comunicado sobre a decisão. Nele a parlamentar diz: "Recebi com serenidade a tentativa do TRE de cassar meu mandato por 5 votos a 2, numa tentativa de anular a voz dos 946.244 cidadãos paulistas".

Ainda conforme a nota, como a decisão não tem efeitos imediatos, Zambelli continuará a atuar como deputada federal, "com posição ferrenha contra o atual desgoverno até o encerramento dos recursos cabíveis".

"Inclusive, no dia 16 de março, estarei na avenida Paulista pedindo o impeachment de Lula."

Notícias do Brasil
Zambelli falta depoimento no STF e justifica ausência por problemas de saúde

Deputada também enfrenta processo no STF

A deputada e o hacker Walter Delgatti Neto se tornaram réus em maio pela invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. Pouco antes, a Polícia Federal (PF) já havia indiciado os dois, após Delgatti Neto revelar que fora contratado para o serviço.
Réu confesso, Delgatti, que está preso em uma penitenciária de Araraquara (SP), compareceu à oitiva, mas não foi ouvido.
A Primeira Turma do STF decidiu por unanimidade aceitar a denúncia contra a dupla, que passa a responder a um processo criminal por falsidade ideológica e invasão a dispositivo informático.
Em denúncia encaminhada em abril pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, Zambelli foi acusada de ser a autora intelectual da invasão, tendo procurado o hacker para cometer o crime.
Em depoimento à PF, Delgatti Neto chegou a revelar ter recebido R$ 40 mil pelo serviço e para emitir falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e relator da ação.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Comentar