Segundo ela, as classes pesadas de petróleo "de que muitas refinarias americanas dependem" são produzidas na Venezuela e Canadá, por isso "não há outra opção na mesa" para a administração Trump.
"Enviamos petróleo com desconto que, em última análise, é refinado no Texas. Se não formos nós, será a Venezuela", disse Joly.
Ao mesmo tempo, o governo atual não tem vontade de se aproximar da Venezuela, acrescentou.
O jornal nota que, durante seu primeiro mandato (2017-2021), Trump impôs sanções abrangentes a Caracas.
Além disso, Joly disse que a adoção de taxas de 25% sobre as importações canadenses "atingiria pessoas reais" porque as relações entre o Canadá e os EUA "poderiam se transformar em uma guerra comercial".
Em 25 de novembro de 2024, Trump disse que imporia tarifas de 25% sobre todos os produtos do Canadá e do México em seu primeiro dia no cargo devido à migração ilegal e ao contrabando de drogas.
No entanto, ele esclareceu em 20 de janeiro que pretende impor tarifas a partir de 1º de fevereiro.
Trump também disse que consideraria excluir o petróleo dessas restrições, o que, segundo o Financial Times, mostra "a dependência dos EUA de seu vizinho para obter enormes suprimentos de energia".
Em particular, um a cada cinco barris de petróleo usados nos Estados Unidos é canadense e cerca de 60% das importações de petróleo provém do Canadá, estima o jornal.
As autoridades canadenses e mexicanas, por sua vez, já prometeram responder às possíveis ações de Trump, dizendo que estão preparando uma lista de decisões retaliatórias.