"Vou impor tarifas à União Europeia? Com certeza! A União Europeia nos tratou tão terrivelmente."
Petróleo da Venezuela
O líder dos EUA disse ainda aos repórteres que não permitirá que os Estados Unidos importem petróleo da Venezuela.
"Fiquei muito surpreso quando vi que [Joe] Biden concordou em comprar muito petróleo da Venezuela […] Biden saiu e eles compraram milhões de barris de petróleo. Eu digo, o que é isso? Então não vamos deixar essas coisas estúpidas acontecerem."
Aço e alumínio
Trump acrescentou que vai impor "muitas" tarifas sobre aço e alumínio em breve para salvar a indústria estadunidense.
"Vamos colocar muitas tarifas sobre o aço. Já temos tarifas sobre o aço e salvamos nossa indústria siderúrgica, mas isso foi relativamente pequeno comparado ao que será", disse Trump na sexta-feira. "Vamos colocar em algum momento deste mês, no mês que vem. Vamos colocar tarifas sobre o aço e o alumínio."
Primeiros alvos
Mais cedo, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou que o governo Trump começará a implementar tarifas de 25% sobre o Canadá e o México, e tarifas de 10% sobre a China a partir de 1º de fevereiro.
Na coletiva, Trump afirmou que não há nada que China, Canadá e México possam fazer no momento para evitar que Washington imponhas as tarifas: "Não é uma ferramenta de negociação", respondeu aos jornalistas.
Pouco após a divulgação da nova medida, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou que o país vai responder de forma imediata, apesar de admitir que pode passar por "tempos difíceis", já que 80% das importações têm como origem os Estados Unidos.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, garantiu que o país conta com "plano A, plano B, plano C para qualquer decisão do governo dos Estados Unidos". Além disso, a líder mexicana lembrou que a medida vai causar impactos na economia norte-americana. A China ainda não se manifestou.
No início da semana, o presidente norte-americano disse que pararia de fornecer grandes quantias de dinheiro a países que, na verdade, "odeiam" os EUA.
Na semana passada, o republicano assinou uma ordem executiva suspendendo nova ajuda externa dos EUA durante 90 dias, além de determinar uma revisão para garantir que o auxílio esteja alinhado à sua visão da política externa norte-americana.
Na última sexta-feira (24), o Departamento de Estado emitiu um documento ordenando que todos os postos diplomáticos e consulares dos EUA interrompessem imediatamente o trabalho em projetos de assistência externa, com exceção da assistência militar e da ajuda alimentar ao Egito e a Israel.