Atualmente, segundo o governo norte-americano, cerca de 348 mil venezuelanos possuem o Status de Proteção Temporária (TPS, na sigla em inglês), disponível para pessoas de países que enfrentam desastres naturais, conflitos armados e outros eventos extraordinários.
A medida foi antecipada na semana passada, e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que seu país "abrirá os braços" aos migrantes que forem deportados. O número representa mais da metade de todos os venezuelanos no programa.
A justificativa do órgão é que a proteção não interessa aos EUA e nem tem mais razão de ser pelas condições na Venezuela. O presidente Donald Trump tentou encerrar a maioria das inscrições no programa de proteção temporária durante seu primeiro mandato, mas foi impedido pelos tribunais federais.
Trump prometeu durante a campanha uma operação de deportação em massa de migrantes. Após assumir o cargo, em 20 de janeiro, o republicano decretou emergência nacional na fronteira sul com o México e ordenou o envio de milhares de soldados para apoiar as autoridades de imigração na segurança da fronteira.
Além disso, determinou a deportação imediata de todos os migrantes que ingressassem ilegalmente no país pela fronteira sul.
De outubro de 2023 a setembro de 2024, a Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês) deteve 2,1 milhões de migrantes na fronteira sudoeste dos EUA. Esse número foi menor que o registrado em 2023, quando 2,5 milhões de pessoas foram detidas, e em 2022, com 2,4 milhões de detenções.
Desde outubro, início do ano fiscal de 2025 nos EUA, quase 300 mil pessoas foram detidas na fronteira sudoeste, composta pelos estados do Texas, Novo México, Arizona e Califórnia.