Panorama internacional

Restrição das exportações de metais raros da China pode elevar preços mundiais, diz especialista

O controle de exportações lançado pela China em relação às commodities de metais raros aumentaria seu preço e preços dos produtos produzidos com base nesses metais, porque a China é o maior fornecedor desses tipos de elementos, disse à Sputnik Dmitry Kuznetsov, pesquisador do Laboratório de Comércio Internacional do Instituto Gaidar russo.
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De acordo com o especialista, a China faz isso porque talvez queira impedir a exportação de metais raros sob o disfarce de produtos reciclados.

"Medidas mais rigorosas em exportações podem estar relacionadas às tentativas de impedir a exportação de metais raros sob o disfarce de produtos reciclados cujo principal valor deles é formado pelos próprios metais. […] Já que a China é o maior produtor desses metais [raros], as restrições à exportação podem [...] afetar os preços dos produtos acabados produzidos em outros países onde esses metais são usados", destaca ele.

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Kuznetsov também sublinha que o impacto das medidas na mudança dos preços variaria dependendo de qual produto refinado é considerado. Já, com produção de eletrônica complexa, os metais raros são obrigatórios, porém sua participação no custo pode não ser significativa.
Como resultado, elabora o pesquisador, o aumento dos preços poderia afetar o preço dos produtos feitos de modo fraco, caso o mercado mundial não tenha déficit.
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Como agora é necessário obter as licenças de exportação apropriadas, finaliza o especialista, o processo de obtenção dessa autorização será acompanhado de verificações adicionais, o que terá um impacto negativo sobre os exportadores desses produtos.
Anteriormente, a China introduziu controles de exportação aos produtos relacionados a uma série de metais raros, inclusive tungstênio, telúrio, bismuto, molibdênio e índio. Exportadores desses produtos terão que obter a licença do Departamento de Comércio do Conselho de Estado da República Popular da China.
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