O artigo diz que a descoberta pode remodelar a guerra naval, pondo fim à "era da furtividade absoluta" nas águas chinesas para os submarinos estadunidenses.
Os cientistas estudaram o chamado padrão de esteira Kelvin, que é um distúrbio de superfície em forma de V criado por submarinos.
Essa esteira cria um campo magnético, pois os íons na água do mar, perturbados pelo movimento da embarcação, interagem com o campo geomagnético da Terra.
O artigo diz que os cientistas realizaram simulações digitais e descobriram que:
Um aumento da velocidade do submarino em 2,5 metros por segundo aumenta dez vezes a intensidade do campo magnético;
Uma redução de 20 metros de profundidade dobra a intensidade do campo;
Submarinos mais longos criam campos magnéticos mais fracos, enquanto embarcações com casco largo os aumentam.
O jornal destaca que, ao contrário dos métodos tradicionais de detecção acústica, que os submarinos modernos podem evitar usando materiais de absorção de som e motores silenciosos especiais, os rastros magnéticos se preservam durante muito tempo após o submarino passar.
Isso se aplica muito à situação atual no estreito de Taiwan, que, de acordo com declarações das autoridades chinesas, é frequentado por navios de guerra ocidentais, violando as águas exclusivas da China.
"Alguns estrategistas dos EUA há muito tempo argumentam que submarinos avançados, como os da classe Seawolf, poderiam passar por essas águas sem serem detectados, implantando um grande número de drones para impedir que a Marinha chinesa desembarque na ilha. Agora, essa suposição está em dúvida", diz o jornal.
Anteriormente, o South China Morning Post informou que os cientistas chineses desenvolveram um radar que é colocado no fundo do mar e é capaz de detectar e rastrear aeronaves que voam em grandes altitudes, embora anteriormente essa meta fosse considerada impossível.
Além disso, a publicação diz que cientistas chineses da mesma universidade desenvolveram o primeiro drone do mundo que é lançado de um submarino e pode navegar debaixo da água e voar.