Em 1951, o químico soviético Boris Belousov descobriu a reação auto-oscilatória, chamada de reação de Belousov-Zhabotinsky, na qual alguns parâmetros da reação (cor, concentração de componentes, temperatura etc.) mudam periodicamente.
Desde o final da década de 1980, cientistas de todo o mundo vêm desenvolvendo sistemas de computação química baseados na reação Belousov-Zhabotinsky.
O chip é um meio de reação-difusão excitável da referida reação, baseado em um polímero especial com um catalisador incorporado, disse Ivan Proskurkin, um pesquisador sênior da BFU.
"O circuito do chip é semelhante a um chip eletrônico em semicondutores, mas, em vez de corrente elétrica, suas trilhas são percorridas por ondas químicas", disse.
Proskurkin explicou, em palavras simples, que é "como se a geleia no pote começasse a pensar".
Os cientistas criaram só alguns elementos – "neurônios artificiais" – mas a descoberta tem potencial para desenvolver um sistema complexo.
Processo de fabricação de chip químico.
© Foto / Serviço de Imprensa da BFU
"À medida que a complexidade aumenta, os chips químicos neuromórficos poderão realizar algumas tarefas computacionais e, ao mesmo tempo, manter a eficiência energética e a compactação", disse outra cientista do projeto, Anastasia Lavrova.
Ela acrescentou que essa inovação contribui para o desenvolvimento da robótica mole.
Processo de fabricação de chip químico.
© Foto / Serviço de Imprensa da BFU
No futuro, os cientistas russos planejam utilizar esses chips químicos em conjunto com materiais inteligentes de produção própria, tais como géis quimiomecânicos.
Este será um passo importante para a criação de robôs de polímeros flexíveis, movidos pela energia de reações químicas.