Nesta segunda-feira (10), as empresas Mistral e Helsing anunciaram uma parceria durante uma cúpula de IA em Paris, onde as empresas destacaram o uso de visão computacional para melhorar a compreensão do ambiente, comunicação com operadores e tomada de decisões em cenários complexos.
Segundo a Bloomberg, embora não tenham divulgado detalhes financeiros ou específicos sobre os sistemas de armas, ambas as startups compartilham alguns investidores. A Helsing, fundada na Alemanha, já desenvolve software para drones e outros arsenais militares, incluindo os caças Eurofighter. Recentemente, a empresa começou a construir seus próprios drones de ataque e incentivou os países europeus a aumentarem os gastos com defesa.
A Mistral, de origem francesa, cria modelos de IA que competem com os da OpenAI e da Meta (proibida na Rússia por atividade extremista). Em janeiro, o ministro da Defesa francês, Sebastien Lecornu, anunciou que os militares franceses usariam o software de IA da Mistral, destacando a crescente importância da tecnologia no setor de defesa.
Historicamente, empresas de IA eram cautelosas em trabalhar com defesa, mas essa tendência está mudando. Em dezembro, a OpenAI fez uma parceria com a Anduril Industries Inc. para desenvolver tecnologia antidrone. Recentemente, o Google alterou suas diretrizes éticas de IA, removendo a proibição de trabalhar com a indústria bélica.
Essa mudança de postura reflete a crescente aceitação e integração da IA em aplicações militares, com startups como Mistral e Helsing liderando o caminho na Europa Ocidental em um cenário cada vez mais tenso geopoliticamente pela permanente manutenção de sua mentalidade de Guerra Fria.