Blokhin destacou que as resoluções da Assembleia Geral na verdade não significam nada, enquanto há outro fator de alta importância – as resoluções do Conselho da Segurança.
Ele também enfatizou que tal decisão da Assembleia Geral é um resultado da política externa da administração do ex-presidente norte-americano Joe Biden.
"Acho que o motivo pelo qual a Assembleia Geral adotou essa resolução é um resultado da inércia. Ou seja, sob Biden, os Estados Unidos conseguiram consolidar parcialmente o Ocidente e todos esses satélites pró-Ocidente em uma base antirrussa. E agora esses aliados norte-americanos e seus satélites ainda estão votando por inércia", sublinhou.
O especialista observou que, devido à mudança drástica no vetor da política externa norte-americana, sobre a qual os analistas políticos americanos escrevem abertamente, a abordagem dos EUA em relação à Rússia está sendo revisada. Ele chamou o processo de ''revolução".
Além disso, ele explicou a recusa do Reino Unido e da França, membros permanentes do Conselho da Segurança da ONU, de usar seu direito de veto neste caso. Segundo Blokhin, esses países estão em um dilema – de um lado, a forte russofobia, do outro, eles não querem contrariar os EUA.
Visão geral da reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas na sede da organização, em Nova York. EUA, 29 de agosto de 2024
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''Eles já sabem para onde o vento está soprando. E, é claro, eles apoiaram seu principal aliado. Com base nesse apoio, já podemos tirar as seguintes conclusões: para onde o chefe [os EUA] for nas questões da Ucrânia e da Rússia, os outros aliados dos norte-americanos o seguirão", finalizou.
Anteriormente, a Assembleia Geral da ONU adotou a resolução elaborada pela Ucrânia com a demanda que Moscou retirasse suas tropas do território da Ucrânia.
No entanto, o Conselho da Segurança da ONU aprovou a resolução sobre a Ucrânia proposta pelos EUA, rejeitando todas as emendas. Dez países, incluindo a Rússia, a China e os EUA, votaram a favor da resolução, enquanto outros cinco se abstiveram. Ninguém votou contra.