O jornal destaca que, nesse caso, as forças ucranianas correm o risco de ficar sem munição e perder a capacidade de usar algumas armas avançadas e de atacar a longa distância.
''As grandes remessas de armas enviadas ou encomendadas pela administração do [ex-presidente dos EUA Joe] Biden nos últimos meses devem ser suficientes para permitir que os ucranianos continuem combatendo no ritmo atual até pelo menos o meio do ano'', ressalta a publicação, citando Celeste Wallander, a ex-assessora para assuntos de segurança internacional do Pentágono.
De acordo com um assessor sênior do atual líder ucraniano, Vladimir Zelensky, o fim da ajuda militar dos EUA é o pior cenário possível, pois significaria que a Ucrânia terá que aumentar sua produção militar e depender mais dos europeus.
Entretanto, um oficial ocidental disse ao jornal que a Ucrânia produz ou financia cerca de 55% de seu equipamento militar, enquanto os EUA fornecem cerca de 20% e a Europa, 25%.
No entanto, o artigo sublinha que algumas entregas dos EUA, nomeadamente sistemas avançados de defesa aérea, mísseis balísticos superfície-superfície, sistemas de navegação e artilharia de longo alcance, serão praticamente impossíveis de substituir no curto prazo porque a Europa simplesmente não produz o suficiente - ou, em alguns casos, nenhum - desses tipos de armas.
Dessa forma, finaliza o The Wall Street Journal, quando esses suprimentos dos EUA acabarem, a capacidade da Ucrânia de lançar ataques de longo alcance e defender suas posições na retaguarda será prejudicada.
Anteriormente, o presidente norte-americano Donald Trump afirmou que, sob a nova administração em Washington, a Ucrânia ''provavelmente'' não deve esperar o mesmo montante de ajuda de Washington que beneficiava durante a presidência de Joe Biden.