Em 2022, pesquisadores descobriram uma substância preta e vítrea dentro do crânio de uma pessoa morta durante a erupção do Vesúvio, na Itália, em 79 d.C.
No entanto, agora os cientistas dizem que descobriram a sequência de eventos que provavelmente mataram a vítima e levaram à formação do vidro único e enigmático, que segundo eles basicamente representa tecido cerebral fossilizado. Os restos teriam pertenciam a um indivíduo jovem encontrado deitado de cabeça para baixo em uma cama enterrada por cinzas vulcânicas, escreve CNN.
A pesquisa explica que, enquanto o indivíduo estava deitado na cama, ele foi provavelmente apanhando em uma nuvem de cinzas superaquecidas que se movia rapidamente e que desceu pela encosta do vulcão até a costa.
O cérebro de um homem transformou-se em vidro por uma nuvem de cinzas do Vesúvio.
Uma nova análise de amostras do vidro encontrado dentro do crânio e da medula espinhal sugere que o tecido corporal da pessoa deve ter sido aquecido a mais de 510 graus Celsius antes de resfriar rapidamente, permitindo que o vidro se formasse em um processo conhecido como vitrificação.
"O processo de transformação de alguma coisa líquida em vidro é o resfriamento rápido, não o aquecimento rápido", disse Guido Giordano, vulcanólogo da Universidade Roma Tre e principal autor do recente estudo publicado na revista Scientific Reports.