Ciência e sociedade

Astrônomos rastreiam sinal e explosão de rádio até localidade inesperada no espaço (IMAGENS)

Uma explosão rápida de rádio (FRB, na sigla em inglês) foi rastreada por astrônomos até uma pequena e tênue galáxia anã distante, a provavelmente uma metade do Universo observável de distância.
Sputnik
A maioria das galáxias hospedeiras de FRBs são galáxias massivas, formadoras de estrelas, sugerindo que magnetares, um tipo especial de estrela de nêutrons formadas a partir dos remanescentes dessas supernovas supermassivas, sejam suas fontes mais óbvias.
A galáxia hospedeira da FRB 20190208A, no entanto, é uma das menos massivas já vistas, o que foi surpreendente para os astrônomos. FRBs são picos de ondas de rádio que duram milissegundos, mas liberam tanta energia quanto 500 milhões de sóis.
A maioria das FRBs explode apenas uma vez, tornando-as difíceis de prever e rastrear. Alguns sinais, no entanto, são reincidentes, o que facilita o estudo. A origem das FRBs ainda é desconhecida, mas magnetares em erupção são suspeitos de serem seus potenciais originadores.
A galáxia anã do Escultor é uma das galáxias anãs vizinhas da nossa Via Láctea. Acredita-se que a Via Láctea, como todas as grandes galáxias, tenha se formado a partir de galáxias menores nos primeiros dias do Universo
De acordo com um estudo publicado no The Astrophysical Journal Letters, os pesquisadores detectaram a FRB 20190208A pela primeira vez em fevereiro de 2019. A explosão foi observada por 65,6 horas entre 2021 e 2023, com duas explosões adicionais capturadas. Isso permitiu aos astrônomos localizarem sua posição no céu.
Inicialmente, não foi encontrada nenhuma galáxia na posição da FRB, mas imagens do Gran Telescopio Canarias revelaram uma galáxia anã tênue, a uma distância estimada de cerca de 7 bilhões de anos-luz.
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Astrônomos observam explosões de luz perto de buraco negro no centro da Via Láctea (VÍDEO)
A galáxia hospedeira é muito mais fraca do que a maioria das outras galáxias hospedeiras de FRB. Galáxias anãs, com baixa metalicidade, podem abrigar estrelas massivas que, ao morrer, se tornam magnetares, possivelmente responsáveis por FRBs repetitivas.
A descoberta de FRBs repetitivas em galáxias anãs sugere que essas condições ambientais podem ser propícias à produção dessas poderosas explosões de rádio, destacando a necessidade de aprimorar e tornar mais precisas as matrizes de rádio e capturar imagens profundas para associar o fenômeno a galáxias hospedeiras.
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