Já através de sua conta na plataforma Truth Social, Donald Trump anunciou nova rodada de tarifas, desta vez sobre produtos agrícolas estrangeiros. A medida entrará em vigor em 2 de abril.
"Aos grandes fazendeiros dos EUA: preparem-se para começar a produzir uma grande quantidade de produtos agrícolas para serem vendidos dentro dos EUA. As tarifas serão aplicadas a produtos do exterior em 2 de abril. Divirtam-se!", escreveu.
No final de fevereiro, Trump já havia anunciado tarifas sobre importações de 25%, em especial para produtos advindos da União Europeia, como automóveis. O indicado de Trump para chefiar o Departamento de Comércio, Howard Lutnick, disse no mês passado que a revisão das tarifas deveria estar pronta até 1º de abril.
Fabricação de chips nos EUA
Ao repórteres na Casa Branca, Trump esclareceu ainda que tarifas de 25% serão impostas ao México e ao Canadá nesta terça-feira (4).
Na ocasião, o presidente dos EUA afirmou também que a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company Limited (TSMC) investirá US$ 100 bilhões (R$ 584,82 bilhões) para construir instalações de fabricação de chips de última geração no estado americano do Arizona.
O anúncio representa uma nova etapa na batalha tecnológica entre a China e os Estados Unidos. Sediada em Taiwan, a TSMC produz os chips mais avançados do mundo em parceria com os Estados Unidos.
Até então, a tecnologia norte-americana era produzida nas instalações asiáticas da empresa. Agora, a produção passará a ser feita em solo estadunidense.
O presidente norte-americano também fez declarações sobre seu encontro com Vladimir Zelensky. Na última semana, o ucraniano se encontrou com Trump na Casa Branca para assinar o acordo de minerais raros entre os países.
No entanto, após uma discussão pública na Casa Branca, a delegação de Kiev foi convidada a se retirar do local sem assinar os documentos.
Para Trump, contudo, o acordo "não está morto". "Acho que parece um ótimo negócio para nós", disse aos repórteres. Ainda assim, o líder da Casa Branca afirmou que Zelensky deve mostrar mais gratidão pelo apoio fornecido por Washington.
"Acho que ele deveria ser mais grato porque este país [os Estados Unidos] o apoiou em seus momentos mais difíceis."
Nesse ponto, Donald Trump desmentiu Zelensky e notou que o conflito militar na Ucrânia não pode se arrastar por muitos anos e deve ser encerrado o mais rápido possível.
O líder norte-americano também não desistiu da possibilidade de suspender uma série de sanções contra a Rússia como parte de um possível acordo de paz. "Faremos acordos com todos para encerrar este conflito, incluindo a Europa e outros países", disse Trump.
Segundo ele, os líderes de vários países já entraram em contato com Washington para discutir novas etapas em relação à Ucrânia.
Anteriormente, a mídia informou que a Casa Branca instruiu o Departamento de Estado e o Departamento do Tesouro a prepararem uma lista de medidas antirrussas que poderiam ser flexibilizadas como parte do processo de negociação com Moscou.