Panorama internacional

Aliança de inteligência de 'Cinco Olhos' ficaria cega sem o apoio dos EUA, diz especialista

A inteligência britânica teria começado a "racionar" as informações que passaria para os EUA após a eleição de Trump, e sua recente surra em Zelensky na Casa Branca provocou conversas sobre o pacto de "Quatro Olhos" de compartilhamento de informações em vez de aliança de Cinco Olhos.
Sputnik
A Sputnik conversou com um especialista em inteligência militar dos EUA para obter detalhes do que isso poderia implicar. Fontes relataram no domingo (9) ao jornal britânico Daily Mail que, enquanto o trabalho conjunto de interceptar comunicações eletrônicas pode ser "difícil de desembaraçar", a inteligência humana feita por agentes no terreno poderia ser impedida de ser compartilhada com os EUA, especialmente "inteligência bruta, que pode ser muito reveladora de fontes se cair em mãos erradas".
"A parte dos EUA é enorme", disse à Sputnik o tenente-coronel aposentado dos EUA, Earl Rasmussen.

"Há muito pouco que os restantes Cinco Olhos teriam sem os EUA", disse o analista, destacando que os Estados Unidos fornecem e possuem: imensas capacidades de inteligência de sinais (SIGINT), incluindo informações de satélites (cerca de 5.000 dos aproximadamente 8.000 satélites do mundo são americanos), na estimativa de Rasmussen; trabalho substantivo feito por inteligência humana; recursos de coleta e análise de informações de código aberto.

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Na opinião de Rasmussen, se a aliança dos Cinco Olhos composta por Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos se separasse, não pode ser excluída a criação de novas alianças regionais de compartilhamento de informações, como: Austrália e Nova Zelândia poderiam se associar ao Japão e à Coreia do Sul. O Reino Unido poderia intensificar a cooperação com a França e a Alemanha.
Quanto ao alcance global dos Cinco Olhos, "a fusão da informação, a experiência maciça, as ferramentas analíticas que são comumente operadas [...] quase todas as principais são operadas completamente pelos EUA, ou através de uma operação compartilhada com os EUA e outro [país]", resumiu o analista.
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