"Aceitamos todos os pedidos que chegaram e analisamos como podemos melhor apoiá-los", disse Marles à emissora ABC, acrescentando que "se houver, em última análise, um pedido em termos de fornecimento de forças de paz, daremos a devida consideração a isso. Mas gostaríamos de ressaltar que, no momento, não há paz para manter".
O representante militar da Austrália na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o vice-marechal do ar, Di Turton, vão participar da reunião dos representantes da OTAN em Paris, na terça-feira (11), na qual eles devem discutir o apoio à Ucrânia, incluindo a possibilidade de enviar forças de paz, disse o ministro.
Ele também destacou que, desde o início do conflito na Ucrânia, a Austrália tem fornecido apoio a Kiev, acrescentando que, junto com suprimentos de armas, o pessoal australiano no Reino Unido tem treinado novos recrutas das Forças Armadas Ucranianas.
No dia 4 de março, o primeiro-ministro australiano Anthony Albanese disse que a Austrália poderia considerar enviar forças de manutenção da paz para a Ucrânia. No entanto, o líder da oposição, Peter Dutton, que tem apoiado repetidamente o fornecimento de ajuda militar à Ucrânia, se manifestou contra a presença de tropas na Ucrânia, dizendo que cabe à Europa enviar forças de manutenção da paz se um acordo entre a Rússia e a Ucrânia for concluído.
Em janeiro, o The Telegraph relatou que o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente francês Emmanuel Macron começaram a discutir o envio de uma força de manutenção da paz para a Ucrânia após qualquer potencial acordo de paz. Em fevereiro, o The Washington Post relatou, citando autoridades, que os países europeus estão considerando enviar um total de 25.000 a 30.000 militares para a Ucrânia, mas não diretamente na linha de contato.
O Serviço de Inteligência Externa (SVR) russo estimou que o Ocidente poderia enviar cerca de 100.000 tropas para a Ucrânia sob o disfarce de uma força de manutenção da paz para restaurar sua capacidade de combate. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que em qualquer conflito a implantação de forças de paz estrangeiras só seria possível com o consentimento de todas as partes do conflito.