"O primeiro é o problema da dívida. Nesta área temos problemas muito sérios com a demanda e a oferta. Algumas pessoas pensam que podemos lidar com isso, porque tínhamos lidado com isso até agora", disse Dalio, acrescentando que a maioria das pessoas não entende como a mecânica da dívida funciona.
Segundo o financista, o desequilíbrio entre a oferta e a demanda significa que os EUA têm de "vender uma quantidade de dívida que o mundo não vai querer comprar".
"Vocês vão ver desenvolvimentos chocantes em termos de como isso vai ser tratado. Coisas que provavelmente não teriam acontecido em nossa vida, mas que aconteceram ao longo da história", disse ele.
Em particular, o especialista acredita que a questão pode resultar em uma reestruturação da dívida, com os EUA pressionando outros países para comprar a dívida, ou até mesmo cortando pagamentos a alguns países credores.
A resolução do orçamento de fevereiro da Câmara dos Representantes observou que os EUA enfrentaram uma crise significativa da dívida pública, que ameaça a estabilidade do país a longo prazo e representa um grande perigo para ele.
Segundo estimações da Sputnik feitas com a base nos dados do Departamento do Tesouro dos EUA, em janeiro, no período que antecede a posse de Trump, a dívida pública dos EUA era de US$ 36,174 trilhões (R$ 3,1 quatrilhões), ou seja US$ 106,4 mil (R$ 9,1 milhões) por cada americano.