O ex-presidente Jair Bolsonaro realizou neste domingo (16) um ato em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, pela anistia dos condenados pelos atos do 8 de Janeiro.
Participaram do ato aliados próximos de Bolsonaro, como o líder do PL, Valdemar Costa Neto, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), o deputado federal Sóstenes Cavalcante, líder do PL no Congresso, o senador Carlos Portinho (PL-RJ), o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), o governdor de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o pastor Silas Malafaia, entre outros aliados políticos do ex-presidente.
O ato teve como intuito pressionar parlamentares do Congresso por apoio ao projeto de anistia aos condenados, e o Supremo Tribunal Federal (STF), que nos próximos dias decide se acata ou não a denúncia da PGR contra Bolsonaro e outros envolvidos em um plano de golpe de Estado em 2022. É o primeiro ato desde que Bolsonaro foi denunciado pela PGR, e o terceiro a ser custeado por Malafaia, que em 2024 custou o ato pró-Bolsonaro de 25 de fevereiro na Avenida Paulista, e de 7 de setembro, no mesmo local.
Segundo um levantamento feito pela Universidade de São Paulo (USP), o ato reuniu cerca de 18,3 mil pessoas, número que representa 2% do público esperado. Bolsonaro e aliados estimavam a adesão de 1 milhão de pessoas.
Em entrevista à Sputnik Brasil, Portinho afirmou que o projeto de anistia terá as assinaturas necessárias para o requerimento em urgência da matéria.
Em discurso, Bolsonaro pediu aos presentes que votem em candidatos bolsonaristas nas eleições de 2026 para "mudar o destino da nação", e afirmou ter o apoio de presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, para a aprovação do projeto de anistia.
"E deixo claro aqui, esse 50% [de apoio ao projeto] não é PL, não. Tem gente boa em todos os partidos. Eu, inclusive, há poucos dias tinha um velho problema e resolvi com o Kassab, em São Paulo. Ele está ao nosso lado com a sua bancada para aprovar a anistia em Brasília. Todos os partidos estão vindo", disse o ex-presidente.
No fim do ato, Bolsonaro se despediu e afirmou que a próxima manifestação ocorrerá no dia 6 de abril, na Avenida Paulista, em São Paulo.