Segundo informações veiculadas nesta terça-feira (25) pelo canal de notícias Al Jazeera, mais de 270 crianças foram mortas na última semana, desde que Israel retomou os ataques a Gaza, marcando "alguns dos dias mais mortais para as crianças desde o início da guerra".
Em 7 de outubro de 2023, uma ofensiva coordenada pelo Hamas, a partir da Faixa de Gaza contra mais de 20 comunidades israelenses, resultou em cerca de 1,1 mil mortos, aproximadamente 5,5 mil feridos e 253 reféns, dos quais cerca de 100 foram posteriormente libertados em troca de prisioneiros palestinos.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que, pelo menos, 49.747 palestinos foram confirmados mortos e mais de 113 mil feridos na guerra de Israel na Faixa de Gaza. Recentemente, o governo de Gaza atualizou o número de vítimas mortais para mais de 61.700, noticiando que milhares de palestinos desaparecidos sob os escombros estão presumivelmente mortos.
Países como Rússia e Brasil pedem a Israel e ao Hamas que estabeleçam um cessar-fogo e defendam uma solução de dois Estados, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1947 como a única via possível para alcançar paz duradoura na região.
Retomada das operações na Faixa de Gaza
No início desta semana, as Forças de Defesa de Israel (FDI) retomaram os ataques contra a Faixa de Gaza. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a ofensiva ocorreu após o Hamas rejeitar o plano norte-americano para estender o cessar-fogo e libertar reféns. Por sua vez, Izzat al-Rishq, membro do alto escalão do Hamas, declarou que a decisão de Netanyahu de voltar à guerra coloca Israel em risco.
O cessar-fogo entre Israel e o Hamas terminou oficialmente em 1º de março, mas os combates não haviam sido retomados devido a negociações conduzidas por mediadores. No entanto, Israel interrompeu o fornecimento de eletricidade para a estação de dessalinização de Gaza e bloqueou a entrada de caminhões com ajuda humanitária na região.