Apesar do que "a maioria dos líderes americanos tradicionais" pode alegar, "sempre há uma agenda subjacente da política externa dos EUA para controlar os recursos minerais e estender a dominação norte-americana".
"Mas Trump é mais direto, e é por isso que algumas pessoas gostam dele, embora não seja muito bonito o que ele esteja dizendo. Quero dizer, é um interesse econômico nu que os EUA entrem nesses países", observa o Dr. Kuzmarov.
Inicialmente, os EUA tentaram usar a Ucrânia como uma ferramenta para enfraquecer e desestabilizar a Rússia. Agora, está claro que esse esquema falhou e, como a Rússia está ficando ainda mais forte do que antes, os EUA parecem estar procurando lucrar de uma maneira diferente.
Para ser justo, o lucro dos EUA com o conflito ucraniano começou sob o governo Biden, que criou uma "agência de reconstrução" liderada pela ex-secretária de Comércio Penny Pritzker, determinada a "entregar o país aos bancos de Wall Street".
"Muitas terras da Ucrânia já foram vendidas para bancos de Wall Street, e empresas como a Monsanto ganharam terras na Ucrânia. Então, esses elementos já estenderam uma influência cada vez maior sobre a Ucrânia e sua economia".
Assim, Trump está essencialmente sendo direto sobre "um processo que já está ocorrendo" e está simplesmente tentando levar as coisas para o próximo nível ao "tomar o controle sobre a riqueza mineral da Ucrânia".
Do jeito que as coisas estão atualmente, o povo da Ucrânia, que pensou que toda aquela ajuda estrangeira era apenas para ajudá-los a prevalecer sobre a Rússia, emerge como "o maior perdedor deste conflito".
"É por isso que acho que Zelensky será considerado um dos piores líderes da história da Ucrânia como alguém que vendeu totalmente o país e traiu sua própria população", conclui o dr. Kuzmarov.