A decisão, segundo o Ministério das Relações Exteriores, segue o respeito ao princípio da reciprocidade, já que os três países não isentam brasileiros de vistos. O fim da reciprocidade ocorreu durante o governo anterior de Jair Bolsonaro.
Nas redes sociais, o ministro brasileiro do Turismo, Celso Sabino, informou que o governo está negociando com os EUA a isenção da exigência de visto.
De acordo com a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), em 2024 o Brasil recebeu mais de 728 mil estadunidenses, cerca de 96,5 mil canadenses e quase 53 mil australianos.
A taxa para a obtenção do visto será de US$ 80,90 (R$ 479), e a estada não poderá exceder 90 dias.
A medida de Bolsonaro incluía o Japão, que não está mais na lista de países que exigem visto de cidadãos brasileiros, pois em agosto de 2023 os governos do Brasil e do Japão acordaram a isenção recíproca de vistos de visita por um período de até 90 dias. A isenção entrou em vigor em setembro de 2023 e tem validade de três anos.
Congresso tentar reverter medida
O Senado aprovou no mês passado um projeto de lei para suspender a exigência determinada pelo Executivo. O texto foi encaminhado para a Câmara dos Deputados, que ainda não apreciou o texto. O projeto de decreto legislativo aprovado no Senado é de autoria do senador da oposição Carlos Portinho (PL-RJ) e foi relatado por outro parlamentar do mesmo partido, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
A medida foi assinada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em março de 2019, às vésperas da viagem que faria para os Estados Unidos, para se encontrar com o então presidente Donald Trump, conforme noticiado.