Panorama internacional

Mídia: agências de segurança de Israel acreditam em um cessar-fogo em Gaza apesar de Netanyahu

Segundo emissora israelense, chefe do Exército de Israel considera que a pressão militar criou condições adequadas para um acordo com o Hamas para o retorno dos reféns e o fim das hostilidades.
Sputnik
Agências de segurança israelenses chegaram a um consenso sobre a possibilidade de fechar um acordo com o Hamas para trocar prisioneiros do grupo mantidos em Israel por reféns israelenses levados para a Faixa de Gaza nos ataques de 8 de outubro de 2023. A informação foi divulgada pela emissora israelense Canal 12.
Segundo a emissora, o consenso foi alcançado apesar da postura linha-dura do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que vem endurecendo sua retórica e chamou de volta negociadores enviados a Doha, no Catar, para discutir o fim das hostilidades.
Citando fontes não identificadas, a emissora aponta que o chefe do Exército israelense, Eyal Zamir, declarou em discussões fechadas que "a pressão militar criou condições adequadas" para devolver os prisioneiros, e que Israel deveria explorar essa janela de oportunidade para avançar em um acordo.
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Os comentários de Zamir foram feitos depois que Netanyahu retirou a equipe de negociação de Israel do Catar na semana passada, citando a insistência do líder do Hamas, Khalil al-Hayya, nas garantias de fim da guerra apoiada pelos EUA. O Hamas não confirmou as declarações.
Na quarta-feira (21), Netanyahu afirmou em coletiva que Israel aceitaria apenas um cessar-fogo temporário com o Hamas para o retorno dos reféns israelenses. Ao mesmo tempo, ele impôs novas condições para o fim da ofensiva israelense em Gaza, que incluem o desarmamento dos grupos de resistência palestinos e a expulsão dos líderes do Hamas de Gaza.
O Hamas, por sua vez, ofereceu em diversas ocasiões a libertação de reféns de uma só vez, em troca do fim da ofensiva em Gaza, da retirada das forças israelenses do enclave e da libertação de prisioneiros palestinos em Israel.
A oposição israelense e as famílias dos reféns acusam Netanyahu de prolongar a guerra para apaziguar seus parceiros de coalizão de extrema-direita e manter o poder.
Estimativas de Tel Aviv apontam que 58 reféns ainda estão mantidos em Gaza, 20 deles ainda com vida. Em paralelo, estima-se que 10.100 palestinos permanecem em prisões israelenses.
O Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão em novembro passado contra Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza. Israel também enfrenta uma denúncia de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça por sua ofensiva no enclave.
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