"É um país que tem um mercado muito grande, é um país que tem um potencial de crescimento muito grande, um país que produz petróleo, que produz minério, que tem um grande potencial turístico. E a gente vê, então, a China em um momento muito delicado, conturbado, da geopolítica internacional desde a posse de Donald Trump, tentando estender ainda mais os seus braços em uma região que historicamente é da órbita de influência norte-americana."
"Porque, se a gente for ver a maioria dos países que aderiram, são países mais pobres. Só países africanos são mais de 50. Então são países que aderem pensando 'Vai ter alguém aqui investindo em infraestrutura'. […] Então, quando aparece essa oportunidade de alguém investir para você assim, geralmente é aceita. A Colômbia está entrando nisso por necessidade."
"Mas isso é um processo. De todas as maneiras, não é fácil a relação com os EUA, e nem todos os países têm a mesma capacidade de resposta. Tem uns que são muito mais marginais, mais dependentes, é mais difícil que tenham uma voz muito mais forte. O que está acontecendo com o Panamá é uma amostra disso. Quase que tem uma chantagem contra os acordos comerciais, contra tudo, sobretudo indo contra a soberania do Panamá", afirma.