O Ministério das Relações Exteriores atualizou na noite desta terça-feira (10) a situação do brasileiro, levado junto aos demais integrantes do grupo para Israel. Conforme a pasta, Ávila se recusou a ser imediatamente deportado e, por isso, seguiu para um centro de detenção.
"A embaixada do Brasil acompanhou o depoimento de Thiago Ávila à juíza do Tribunal de Revisão de Detenção e continua a prestar-lhe assistência", acrescenta.
Conforme a chancelaria brasileira, o caso é acompanhado com atenção. "Em contexto de gravíssima situação humanitária na Faixa de Gaza, onde há fome e desnutrição generalizadas, o Brasil deplora a continuidade de severas restrições, em violação ao direito internacional humanitário, à entrada de itens básicos de subsistência no Estado da Palestina", pontuou.
Brasil volta a condenar interceptação
Por fim, o governo brasileiro ressaltou que o veleiro Madleen foi interceptado em águas internacionais pelas forças israelenses, o que vai contra o que está previsto no direito internacional.
"Ao reiterar sua firme condenação à interceptação em águas internacionais, por forças israelenses, da embarcação Madleen, em flagrante transgressão ao direito internacional, o Brasil clama pela libertação de seu nacional e insta Israel a zelar pelo seu bem-estar e saúde", finalizou.
Também nesta semana, um comboio de carros e motocicletas deixou a Tunísia, no norte da África, com destino à Faixa de Gaza, na tentativa de pressionar o governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, a suspender o bloqueio total contra o enclave.
O chamado Comboio da Resiliência reúne cerca de 2 mil participantes, entre políticos tunisianos, ativistas de direitos humanos, médicos e jornalistas. O grupo partiu de Túnis, capital da Tunísia, em carros e ônibus rumo à passagem de Rafah, na fronteira da Faixa de Gaza com o Egito.
A expectativa é de que ativistas de países como Mauritânia, Marrocos, Argélia, Líbia e Egito se juntem ao grupo ao longo do trajeto.