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Força Espacial dos EUA adia lançamento de 1º satélite de alerta de mísseis para 2026, diz mídia

A Força Espacial dos EUA adiou para 2026 o lançamento de seu satélite de alerta de mísseis de última geração, devido à alta demanda por lançamentos. O atraso ocorre apesar do progresso técnico, revelando riscos no cronograma apertado do programa Next-Gen OPIR GEO.
Sputnik
Apesar da previsão inicial de lançamento pontual, a Força Espacial dos EUA decidiu adiar o envio de sua primeira nave espacial de infravermelho persistente de última geração. O motivo principal, segundo o portal Defense News, é a alta demanda por serviços de lançamento, o que empurrou a missão para pelo menos a primavera de 2026 no Hemisfério Norte.
O satélite em questão é um dos dois construídos pela Lockheed Martin que integram o programa Next-Gen OPIR. Segundo o Escritório de Prestação de Contas do Governo (GAO, na sigla em inglês), o adiamento se deve à agenda lotada de lançamentos em 2025. O GAO já havia alertado anteriormente que o cronograma do programa era excessivamente ambicioso, especialmente por causa dos desafios tecnológicos envolvidos na carga útil da missão.
A RTX, responsável por essa carga útil, enfrentou dificuldades no desenvolvimento, o que atrasou sua entrega em 13 meses, até agosto de 2024. Apesar disso, os testes subsequentes do satélite avançaram bem, e a entrega está prevista para setembro. Isso indica que o lançamento poderia ocorrer ainda em 2025, caso houvesse espaço disponível no cronograma de lançamentos.
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Mesmo com os avanços, o GAO alerta que o programa continua vulnerável a novos atrasos. A principal preocupação é a ausência de margem no cronograma: qualquer contratempo na integração final entre a carga útil e o veículo espacial pode resultar em mais atrasos e aumento de custos. Essa falta de flexibilidade representa um risco significativo para o sucesso do lançamento.
O programa Next-Gen OPIR faz parte de uma estratégia mais ampla da Força Espacial, que inclui satélites em diferentes órbitas para rastreamento e alerta de mísseis. Além dos dois satélites GEO, a Northrop Grumman está desenvolvendo duas espaçonaves para órbita polar. Esses quatro satélites substituirão o atual Sistema Infravermelho Espacial, com um custo estimado de US$ 9,5 bilhões (cerca de R$ 52,6 bilhões) para os GEO e US$ 5,9 bilhões (mais de R$ 32,6 bilhões) para os polares.
Paralelamente, outras iniciativas estão em andamento. A Agência de Desenvolvimento Espacial está criando uma constelação de pequenos satélites em órbita baixa, enquanto o Comando de Sistemas Espaciais lidera um projeto em órbita média. O GAO avaliou que os satélites polares estão no caminho certo para serem entregues até 2028, embora a integração de uma carga útil semelhante à dos GEO possa trazer riscos.
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