Em entrevista à Sputnik, Kimball declarou que esse tipo de ação pode afastar definitivamente os iranianos do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), com a possibilidade de um aumento de pressão interna para o desenvolvimento de armas nucleares.
"As ações combinadas dos EUA e de Israel são irresponsáveis e contraprodutivas, pois só vão endurecer a atual postura de negociação do Irã ou, pior, podem levar o Irã a anunciar sua intenção de se retirar do TNP e gerar mais pedidos internos para que o país construa armas nucleares", disse Kimball.
O especialista também classificou o ataque de Israel como "ilegal" e informou que a ação deve gerar retaliações do Irã envolvendo drones e mísseis balísticos.
"[Donald] Trump, que nega qualquer envolvimento direto dos EUA na execução do ataque, está tentando agora, desajeitadamente, ameaçar usar os ataques israelenses para coagir o Irã na mesa de negociações. Mas o Irã não vai negociar sob tal ameaça, especialmente porque os ataques ao seu território continuam."
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia mostrou preocupação e condenou a escalada de tensões entre Israel e o Irã. O Itamaraty, por sua vez, emitiu uma nota pedindo o "fim imediato das hostilidades".
Segundo a agência de notícias Fars, ao menos 78 pessoas morreram e outras 329 ficaram feridas no ataque contra áreas residenciais em Teerã, capital do Irã.