Panorama internacional

Mídia: Israel diz aos EUA que não quer esperar por um acordo nuclear com o Irã e visa atacar Fordow

Segundo a Reuters, autoridades israelenses tiveram uma conversa "tensa" com representantes do governo norte-americano na qual afirmaram que planejam atacar a usina nuclear de Fordow.
Sputnik
Autoridades israelenses informaram ao governo do presidente dos EUA, Donald Trump, que não querem esperar duas semanas para que o Irã conclua um acordo nuclear, e estão considerando ataques à instalação nuclear de Fordow, uma das principais para o programa nuclear iraniano.
Segundo noticiou a Reuters, citando fontes não identificadas, o lado israelense relatou isso a Washington em uma conversa telefônica "tensa" com autoridades do governo Trump na última quinta-feira (19).
"Autoridades israelenses disseram ao governo Trump que não querem esperar duas semanas para que o Irã chegue a um acordo para abandonar partes importantes de seu programa nuclear, e que Israel pode agir por conta própria antes que esse prazo expire. Os israelenses acreditam que têm capacidade limitada para atacar a instalação de Fordow", disse a agência.
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De acordo com uma fonte sediada em Washington, Israel informou aos EUA que considera o prazo de duas semanas de Trump para o Irã chegar a um acordo nuclear muito longo e pediu uma ação "mais urgente". A fonte não especificou se autoridades israelenses expressaram essa opinião em seu último telefonema com o governo.
Fontes da Reuters também disseram que a conversa incluiu o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, e o chefe do Exército israelense, Eyal Zamir.
Na noite de 13 de junho, Israel lançou uma operação contra o Irã, acusando o país de implementar um programa nuclear militar secreto. Os alvos dos bombardeios aéreos e ataques de grupos de sabotagem eram instalações nucleares, generais, cientistas nucleares proeminentes, bases aéreas, sistemas de defesa aérea e mísseis terra-terra.
O Irã nega que seu programa nuclear tenha um componente militar. Em 18 de junho, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, afirmou que os inspetores da agência não haviam visto nenhuma evidência concreta de que o Irã tivesse um programa de armas nucleares.
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Agências de inteligência dos EUA, contrariando declarações do presidente Donald Trump e de Israel, concluíram que o Irã não estava buscando desenvolver armas nucleares. O ex-embaixador britânico no Uzbequistão, Craig Murray, disse à Sputnik que o Irã demonstrou incrível paciência e paz nos últimos anos, apesar das ações de Israel.
O Irã respondeu às ações de Israel com mísseis e ataques de drones, afirmando ter como alvo instalações militares. Prédios residenciais foram atingidos e o número de vítimas civis aumentou em ambos os lados.
Segundo o Ministério da Saúde iraniano, mais de 400 pessoas morreram e pelo menos 3.000 ficaram feridas no país desde o início dos ataques. Israel afirmou que mais de 20 pessoas morreram e mais de 1.200 ficaram feridas nos ataques iranianos.
Israel e Irã têm trocado ataques várias vezes ao dia. As autoridades israelenses ameaçam manter uma campanha até que o programa nuclear iraniano seja destruído. Teerã, por sua vez, pretende bombardear Israel até que este pare de bombardear seu território.
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