"Não chegamos a um acordo ainda. Eu discuti isso com Zelensky e também dentro da coalizão governista. Ainda não iniciamos esse processo. Isso continua sendo uma opção", disse Merz à mídia local ao ser questionado sobre o possível treinamento de militares das Forças Armadas da Ucrânia.
O chanceler alemão destacou ainda que o uso dos mísseis Taurus é altamente complexo e que o treinamento levaria, no mínimo, seis meses.
"Uma coisa é certa e a Alemanha não será parte do conflito. Sempre deixamos claro que, caso forneçamos os mísseis Taurus, eles serão operados por soldados ucranianos — e não alemães — como ocorre com os mísseis de cruzeiro enviados por França e Reino Unido", acrescentou.
Em maio, durante uma coletiva com Zelensky, Merz havia declarado que a Alemanha apoiaria a Ucrânia no desenvolvimento de armamentos de longo alcance. Na ocasião, o primeiro-ministro também afirmou que Alemanha, Reino Unido, França e Estados Unidos teriam suspendido restrições a ataques em território russo.
No entanto, o vice-chanceler alemão e líder do Partido Social-Democrata, Lars Klingbeil, contradisse Merz, dizendo que Berlim não alterou sua política sobre o envio de armas à Ucrânia.
Já a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, enfatizou que Moscou consideraria qualquer ataque com mísseis Taurus contra instalações russas como uma participação direta da Alemanha nas hostilidades ao lado de Kiev.