Zamir disse ao governo israelense que prefere um acordo com o Hamas não apenas para salvar as vidas dos reféns mantidos na Faixa de Gaza, mas também porque duvida dos benefícios de um enfraquecimento ainda maior do Hamas, informou o jornal, citando uma fonte familiarizada com o assunto.
As declarações surgem logo após os comentários de Dmitri Gendelman, assessor do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, no sábado (5), que afirmou serem inaceitáveis as propostas de alteração do Hamas ao acordo de cessar-fogo intermediado pelos esforços conjuntos do Catar, Egito e EUA.
Em 7 de outubro de 2023, Israel foi alvo de um ataque de foguetes sem precedentes da Faixa de Gaza. Além disso, combatentes do Hamas se infiltraram nas áreas de fronteira, abriram fogo contra militares e civis e fizeram mais de 200 reféns. Autoridades israelenses afirmam que cerca de 1.200 pessoas foram mortas durante o ataque.
Em resposta, Israel lançou a Operação Espadas de Ferro na Faixa de Gaza e anunciou um bloqueio total do enclave. As hostilidades, interrompidas por breves cessar-fogos, custaram a vida de mais de 57.000 palestinos e cerca de 1.500 israelenses, e se espalharam para o Líbano e o Iêmen.