Ciência e sociedade

Achado arqueológico revela salão cerimonial neolítico de 6.000 anos em Carnoustie, Escócia (FOTOS)

Durante obras em Carnoustie, arqueólogos revelam salão neolítico monumental datado de 4.000 a.C., o maior já encontrado na Escócia. A descoberta lança mais uma luz sobre rituais antigos e conecta comunidades pré-históricas a 6.000 anos de história.
Sputnik
Uma das mais impressionantes descobertas arqueológicas da Escócia veio à tona durante preparativos para a construção de um campo de futebol em Carnoustie, Angus. Pesquisadores da GUARD Archaeology encontraram um salão de madeira de cerca de 35 metros de comprimento, datado de aproximadamente 4.000 a.C., o que o torna anterior até mesmo a Stonehenge.
O salão, construído com grandes vigas de carvalho e divisões internas bem definidas, é o maior já identificado do período neolítico na Escócia. De acordo com especialistas, sua arquitetura avançada rompe com as tradições mesolíticas anteriores e indica um grau elevado de organização social.
1 / 3
Diferentes lados do machado polido neolítico de Carnoustie.
2 / 3
Ponta de lança de bronze decorada com ouro de Carnoustie e seu referencial de comprimento.
3 / 3
A espada de bronze de Carnoustie e sua reconstrução esquemática de integridade.
Além do salão principal, a escavação revelou uma estrutura menor utilizada para atividades domésticas. Vestígios de cereais carbonizados e cascas de avelã sugerem seu uso cotidiano, enquanto o edifício maior apresenta sinais claros de funções cerimoniais, como objetos de pedra enterrados propositalmente.
A localização elevada dos salões e artefatos oriundos de áreas como as High Lands e a Ilha de Arran apontam que o local possuía importância regional, funcionando como ponto de encontro sazonal e centro de trocas culturais.
Ciência e sociedade
Arqueólogos descobrem agulhas de acupuntura de aço com mais de 2.000 anos (FOTOS)
Os pesquisadores afirmam que as atividades no sítio continuaram por séculos. Um salão menor foi construído dentro da estrutura original por volta de 3.800 a.C., e o local manteve sua função ritualística até cerca de 2.500 a.C. A presença constante reforça o valor simbólico atribuído ao assentamento.
Em um capítulo posterior, entre 1.118 e 924 a.C., arqueólogos encontraram um tesouro da Idade do Bronze enterrado em uma casa redonda: uma espada de bronze, uma ponta de lança com detalhes em ouro e um broche com formato de pescoço de cisne, todos envoltos em tecido de lã e pele de carneiro. A preservação dos artefatos é atribuída às propriedades do cobre que impede a degradação natural dos elementos.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Comentar