A Ucrânia quer que o bloco europeu cubra 50% dos custos de manutenção das Forças Armadas ucranianas, disse o primeiro-ministro Denys Shmigal nesta quinta-feira (10).
"Discutimos a captação de apoio financeiro para 2026-2027. Estamos nos preparando para diferentes cenários. Oferecemos aos nossos parceiros europeus o investimento na indústria de defesa ucraniana, cofinanciando o Exército ucraniano. Os gastos militares atualmente somam de US$ 100 bilhões a 150 bilhões [cerca de R$ 555,7 bilhões a 833,6 bilhões]. Em tempos de paz e sem produção de armas, a manutenção do Exército ucraniano custará € 50 bilhões [cerca de R$ 326,09 bilhões] por ano", afirmou Shmigal no Telegram.
O primeiro-ministro disse ainda, citando seu discurso em uma reunião da Conferência de Recuperação da Ucrânia em Roma, esperar que metade do valor discriminado seja fornecido pela UE.
Em 22 de maio, o ministro das Finanças ucraniano, Sergei Marchenko, disse que a Ucrânia havia proposto aos países europeus que investissem parte de seu produto interno bruto (PIB) nas Forças Armadas ucranianas.
A deputada ucraniana Nina Yuzhanina afirmou em fevereiro que o Exército ucraniano estava com recursos extremamente baixos, o que exigiu cortes orçamentários para liberar verbas para o Exército. No final de abril, o Gabinete de Ministros ucraniano declarou que aumentar os salários dos professores seria problemático, já que as receitas do próprio país estavam sendo direcionadas para o Exército.