O texto limita a independência das instituições anticorrupção no país e está registrado no site como "devolvido com a assinatura do presidente". Conforme o projeto, ficam revogadas a independência de dois órgãos anticorrupção: o Escritório Nacional Anticorrupção da Ucrânia e a Promotoria Especializada Anticorrupção.
Parte dos parlamentares classificaram a medida como tentativa de desmantelar as estruturas anticorrupção do país — medida que levou ao início de protestos em cidades como Kiev, Lvov e Dnepropetrovsk.
O portal Strana.ua chegou a informar que o Serviço de Segurança da Ucrânia realizou buscas nos escritórios de detetives do principal órgão anticorrupção do país por suspeita de traição, comércio com a Rússia e corrupção. Contudo, há denúncias de que as ações ocorreram sem mandado judicial.
O deputado Aleksei Goncharenko (incluído pela Rússia na lista de terroristas e extremistas) declarou que as buscas são uma retaliação de Zelensky em resposta ao caso contra o ex-ministro da Unidade Nacional e ex-vice-primeiro-ministro Aleksei Chernyshov, acusado de corrupção. Ainda há possibilidade de o governo suspender as atividades do escritório.
Em resposta, os embaixadores dos países do G7 expressaram séria preocupação com a investigação conduzida pelo serviço secreto e pretendem discutir o assunto com Zelensky, cujo mandato terminou no ano passado, mas segue no cargo após cancelar as eleições sob a justificativa da Lei Marcial.