Blokhin destacou que Trump precisa encurtar os prazos do ultimato para demonstrar uma posição supostamente forte em relação à Rússia.
O analista opinou que não vale a pena tomar a declaração de Trump a sério, porque ele mudou repetidamente de posição até sobre esse ultimato.
"Primeiro ele deu um ultimato, depois os representantes da Casa Branca disseram que o prazo não era rígido, nem era um quadro rígido. Como você pode ver, ele o está reduzindo agora. Portanto, na verdade, ele ainda pode mudar de posição dez vezes", ressaltou.
Segundo o especialista, durante esse período Trump pode, por exemplo, iniciar outra guerra com o Irã ou desencadear várias guerras comerciais com a União Europeia (UE) e a China, e a situação no confronto russo-ucraniano também poderia mudar.
Ele também sugeriu que a redução do prazo do ultimato é uma tentativa de Trump de mostrar ao Estado profundo estadunidense sua força e rigidez nas relações internacionais.
"Portanto, este ultimato é apresentado de forma agressiva, em grande escala, mas, na verdade, não sentimos nenhum dano especial dele", finalizou.
Trump disse na segunda-feira (28) que reduziu o prazo do ultimato à Rússia, que ele apresentou em 16 de julho, para 10-12 dias. O presidente dos EUA disse que não vê nenhum progresso na resolução do conflito ucraniano. O ultimato de 16 de julho implicava 50 dias.