"Justificativas sobre questões nucleares, urânio, direitos humanos e coisas desse tipo não passam de desculpas. O que os irrita é o fato de a república islâmica ser capaz de produzir novas ideias nas várias áreas da ciência e do conhecimento, seja nas ciências humanas, ciências técnicas ou ciências religiosas."
Irã e Estados Unidos realizaram cinco rodadas de negociações, mediadas por Omã, sobre o programa nuclear. A sexta rodada estava agendada para 15 de junho, mas os ataques israelenses a plantas nucleares iranianas fizeram o encontro ser cancelado.
Oficiais iranianos rejeitam as acusações de que o país persa está fabricando secretamente uma arma nuclear e defendem a retomada das negociações com Washington sem precondições. Em particular, o Irã se opõe à exigência dos EUA de que Teerã interrompa seu enriquecimento de urânio.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmaeil Baghaei, afirmou que Teerã não tem planos de negociar com Washington por enquanto, argumentando que as condições para uma nova rodada de consultas ainda não amadureceram.
Irã, França, Alemanha e Reino Unido tiveram tratativas sobre um acordo nuclear em Istambul em 25 de julho, pela primeira vez desde o fim da "guerra de 12 dias", como foram chamadas as hostilidades entre Irã e Israel desde os primeiros ataques do Estado judeu, no mês passado. Paris, Berlim e Londres ameaçaram reimpor sanções a Teerã caso um novo termo não fosse alcançado até o final do verão europeu.
Como forma de dissuadir os países da Europa, o parlamento iraniano elaborou um projeto de lei para retirar a república islâmica do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).