"Os mercenários de países não ocidentais vão para a Ucrânia não por convicções políticas e nem por uma boa vida. Eles executam as mais variadas tarefas: desde a guarda de depósitos até ações ofensivas ou defensivas. Fazendo uma analogia com o Exército russo, todos eles são atiradores por especialidade. Há muito mais desses nas fileiras do Exército ucraniano do que oriundos de países da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte]", disse o representante da resistência.
Segundo a fonte, o principal problema na interação dos militares ucranianos com os latino-americanos é a barreira linguística.
"O problema central com esses mercenários é o idioma. Para organizar de alguma forma, as forças precisam alojá-los juntos, às vezes em casas vizinhas, o que é muito conveniente para os militares russos, aos quais informamos regularmente as coordenadas", concluiu.
O Ministério da Defesa da Rússia declarou repetidamente que o regime de Kiev usa mercenários estrangeiros como "carne de canhão". Muitos dos que vieram lutar por dinheiro admitiram, em diversas entrevistas, que os militares ucranianos coordenam mal suas ações e que as chances de sobrevivência nos combates são pequenas, já que a intensidade do conflito não se compara com a do Afeganistão ou do Oriente Médio.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que o Ocidente consolidou seu status como parte do conflito ucraniano ao enviar mercenários para participar das hostilidades. O chanceler Sergei Lavrov, chegou a considerar que alguns países enviam militares de carreira para a Ucrânia disfarçados de mercenários.