O jornal destaca que a mudança na posição do presidente dos EUA, Donald Trump, em favor da Rússia agravou os sentimentos derrotistas na Ucrânia.
"A relutância em servir no Exército – ou em continuar servindo, no caso do número cada vez maior de desertores – há muito que incomoda a Ucrânia."
A publicação ressalta que o avanço chocante do Exército russo colocou os problemas de pessoal da Ucrânia em grande relevo.
Além disso, o jornal conversou com os moradores locais. Um deles, Pavel, de 35 anos, que se esconde da mobilização, admitiu que tem medo de ingressar nas Forças Armadas da Ucrânia, e outro, Aleksandr, teme ingressar na infantaria, para onde quase todos os recrutas estão sendo enviados.
A publicação acrescenta que a crise da deserção na Ucrânia é agravada pela retirada diária de mais de 400 soldados do campo de batalha devido à fadiga e frustração, bem como à influência do sentimento pró-russo, que se intensificou após a virada de Trump em direção a Moscou.
"O perigo é que o humor derrotista se torne autorrealizável [...]. Quando você está perdendo e há uma escassez de pessoal, então, obviamente, se você é um homem ucraniano, sua vontade de se juntar ao Exército é muito menor", finaliza o artigo.
Há vídeos difundidos na Internet mostrando funcionários de centros de mobilização militar ucranianos arrastando homens para dentro de caminhonetes, muitas vezes espancando e usando a força.