"Do colonialismo para o imperialismo e, agora, no neocolonialismo, a África teve seus recursos naturais extraídos para formar o desenvolvimento dessas potências do centro do sistema internacional, principalmente França e Reino Unido, mas também outros Estados em menor escala, como Portugal, Itália, Alemanha e Bélgica. Além disso, as populações africanas foram movidas para outros continentes à força para trabalhar em condições de escravidão, e isso moldou como os Estados africanos foram desenvolvidos ou subdesenvolvidos a partir de então", resume.
Combate ao terrorismo é 'desculpa' para manutenção do domínio militar na região?
"É um caso bastante particular, porque o Congo era praticamente todo uma propriedade particular do rei Leopoldo II da Bélgica. Não havia distinção entre público e privado, mesmo para a metrópole. E, hoje, é um país com uma das maiores populações do continente africano, cuja capital tem mais de 13 milhões de habitantes, e segue lutando para conseguir se desenvolver economicamente", cita.