Malafaia foi abordado quando desembarcava de Portugal no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e teve os celulares levados. Na sequência, o pastor foi levado para prestar depoimento na unidade da Polícia Federal (PF) no terminal.
A investigação tem como base mensagens encontradas em dois celulares do ex-presidente que vinculam Malafaia a tentativas de obstrução da Justiça. Os aparelhos foram apreendidos em agosto, quando o ex-presidente recebeu tornozeleira eletrônica e, posteriormente, foi colocado em prisão domiciliar em Brasília.
Além disso, o pastor é alvo de medidas cautelares como proibição de deixar o país e, ainda, manter contato com outros investigados.
Malafaia organizou evento que Bolsonaro participou por videochamada
Um dos principais apoiadores de Bolsonaro, Malafaia ainda é apontado pela PF como organizador do evento em apoio a Bolsonaro realizado em 3 de agosto, no qual o ex-presidente participou por meio de transmissão ao vivo pelas redes sociais de terceiros. No dia seguinte à transmissão, Bolsonaro teve a prisão domiciliar decretada.
Desde então, o pastor também passou a ser investigado por coação no curso do processo, tentativa de atrapalhar investigações sobre organização criminosa e esforços para abolir, de forma violenta, o Estado Democrático de Direito.
Em parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) divulgado no último dia 15, Malafaia é apontado como "orientador e auxiliar nas ações de coação e obstrução, promovidas pelos investigados Eduardo Nantes Bolsonaro e Jair Messias Bolsonaro".