Uma fonte com conhecimento no assunto revelou ao Globo, em condição de anonimato, que a questão financeira para a realização do treinamento foi um dos fatores determinantes para o cancelamento, mas que a crise com os EUA também pesou na decisão.
"A orientação foi para que evitássemos agravar mais [o cenário atual] e buscar preservar o relacionamento das Forças Armadas do Brasil [com as dos EUA], que é importantíssimo, tanto para Marinha, quanto para Exército e Aeronáutica."
Ainda de acordo com a fonte, que faz parte do alto escalão das Forças Armadas, o governo federal vivia "um forte desconforto" com as tropas norte-americanas em solo brasileiro.
Realizada desde 1988, a operação Formosa é o maior exercício coordenado dos Fuzileiros Navais da Marinha. Nos últimos anos, observadores estrangeiros estiveram presentes nas ações, incluindo a participação de tropas de outros países, como China e Estados Unidos.
Neste ano, era esperado que militares de Pequim e Washington participassem do exercício. Entretanto, no início deste mês, os chineses informaram que não compareceriam na edição de 2025, o que fez os norte-americanos também reconsiderarem a participação na operação.